quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Garibaldi


Marcos e Renata: BMW R 1250 GS Adventure HP

    Sábado, dia 07 de agosto de 2021.Saímos de Porto Alegre às 9h15min com destino à cidade de Garibaldi, na serra gaúcha. Seguimos pela BR 116 por cerca de 30 Km até a RS 240, na localidade de Scharlau, município de Novo Hamburgo. Continuamos por 13 Km até a ERS 122 e mais 38 Km até a ERS 446 onde existe uma elevada que cruza sobre a ERS 122. Após a elevada se percorre mais 17 Km até a BR 470 no município de Carlos Barbosa, seguindo mais cerca de 3,6 Km por essa rodovia até a entrada da cidade de Garibaldi, onde chegamos em torno das 11h05min. 

    Entrando em Garibaldi percorremos suas ruas até chegarmos no Centro Histórico, que está a cerca de 2 Km da entrada da cidade. Em um primeiro momento subimos pela rua Júlio de Castilhos, em grande aclive, que leva à Ermida da Imaculada Conceição na frente da qual está o mirante de Garibaldi de onde se tem uma vista privilegiada da cidade. 

    Em seguida retornamos pela mesma rua onde, na esquina com a rua Heitor Mazzini, está localizada a Mansão Mazzini, construída em 1921 por Agostinho Mazzini com traços do renascentismo italiano. A única herdeira, Adenina Mazzini, deixou em testamento que a propriedade deveria permanecer na família por seis gerações, sendo utilizada apenas como moradia ou museu. A mansão permanece fechada e ainda abriga em seu interior o mobiliário da época de sua construção.

    Descendo pela rua Júlio de Castilhos se chega ao Centro Histórico, cuja rua principal Buarque de Macedo traz um casario histórico do início do século XX, bastante preservado. A rua com calçamento em paralelepípedos e postes de luz da época mantém as características e o charme do início do século passado mesclados com veículos modernos e hábitos dos dias atuais. Grande parte destas construções traz fixado em sua faixada uma placa contando sua história. Saborear um café na cafeteria Luna Park localizada em uma destas construções antigas é uma experiência extremamente agradável.

    Garibaldi é uma cidade de colonização italiana que sofreu grande influência cultural francesa, através de ordens religiosas daquele país que ali se instalaram e assumindo a educação de seus habitantes. Os sírio-libaneses também marcaram presença impulsionando o comércio local. Esta mistura de povos trouxe à cidade uma grande diversidade histórica e cultural que se mantém até a atualidade.

    O surgimento do município, inicialmente chamada Colônia de Conde D’Eu, ocorreu no ano de 1840 com a chegada dos primeiros colonos alemães. Após começaram a chegar imigrantes italianos (a maioria), franceses, suíços, poloneses e austríacos. Estes imigrantes fizeram da Colônia de Conde D’Eu o primeiro núcleo de colonização da serra gaúcha. Com a Colônia já estabelecida, no ano de 1890 iniciaram as construções que hoje fazem parte do Centro Histórico. Em 1900 a colônia é elevada à condição de município passando a receber o nome de Garibaldi em homenagem a Giuseppe Garibaldi.

    A colonização italiana trouxe consigo o cultivo de vinhas e a produção de vinhos. Em 1913 a família Peterlongo elaborou o primeiro espumante brasileiro, que foi o passo inicial para transformar Garibaldi na Capital Brasileira do Espumante, como hoje é conhecida.

    Hoje Garibaldi tem uma população aproximada de 35440 habitantes. Está localizada a uma altitude de 613 m. A economia é baseada na indústria com 4229 empresas instaladas no município. 

    Após um passeio pela cidade fomos almoçar no Ristorante Del Filippi, localizado no Km 221 da BR 470. Um local com gastronomia italiana de excelente qualidade além de um atendimento simpático e muito cortês. 

    Retornamos para Porto Alegre no meio da tarde. No caminho de volta fomos conhecer a Vinícola Don Guerino, localizada na Rua dos Vinhedos, Estrada Nova Alemanha, 909, em Alto Feliz. A Don Guerino é um lugar é muito bonito, porém não criamos aquela empatia esperada. Talvez tenhamos que retornar para uma nova experiência.

    Valeu muito esse passeio até a cidade de Garibaldi. Sem dúvida é um lugar para ser visitado e apreciado. 


Ermida da Imaculada Conceição

Ermida da Imaculada Conceição

Vista da cidade a partir do mirante de Garibaldi

Mansão Mazzini

Café Luna Park

Rua Buarque de Macedo - Centro Histórico

Rua Buarque de Macedo - Centro Histórico

Rua Buarque de Macedo - Centro Histórico

Rua Buarque de Macedo - Centro Histórico

Ristorande Del Filippo



Estátua de Giuseppe Garibaldi na entrada da cidade.

Rota


quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Salto do Yucuman e Ametista do Sul

    Salto do Yucuman e Ametista do Sul

    Marcos e Renata: BMW R 1250 GS Adventure HP
    Humberto e Marina: BMW R 1200 GS Adventure Rally

    Quinta-feira, dia 03 de junho de 2021.
    O destino é o noroeste do Estado do Rio Grande do Sul onde visitaremos o Parque Estadual do Turvo e iremos conhecer o Salto do Yucuman, a mais extensa queda d’água longitudinal do mundo. Em nosso roteiro de viagem também está a cidade de Ametista do Sul, conhecida como a Capital Mundial da Pedra Ametista. Neste primeiro dia de viagem fomos até a cidade de Tenente Portela, distante aproximadamente 23 Km do Parque Estadual do Turvo. 
    Saímos de Porto Alegre em torno das 9h30min da manhã, seguindo pela Av. dos Estados até a BR 290 (3,7 Km) acessando o sentido oeste e seguindo até a BR 448 – Rodovia do Parque - (2,3 Km), seguindo até a BR 386 (13 Km). Na BR 386 seguimos em direção ao noroeste do Estado. Após cerca de 127Km paramos para tomarmos um café no Café Colonial Stacke, às margens da rodovia, no município de Marques de Souza. Um local bastante agradável e simples, com diversos produtos coloniais muito saborosos. Vale à pena experimentar o pastel. É nosso ponto de parada costumeiro cada vez que passamos pela região. 
    A BR 386 é duplicada até o município de Lajeado, cerca de 35 Km antes de chegarmos ao Café Stacke. A partir de Lajeado a rodovia passa a ser de pista simples, com um trânsito de caminhões bastante intenso e com poucos pontos de ultrapassagem, além de algumas subidas onde estes acabam por trafegar em baixa velocidade se formando imensas filas veículos. Necessário paciência e muita prudência.
    Saindo do Café Stacke seguimos por mais 178 Km pela BR 386 até o Posto Papagaio, no município de Sarandi, onde almoçarmos em um restaurante bastante razoável e com um atendimento excelente.
    Após a parada para o almoço, continuamos pela mesma rodovia por mais 94 Km até a BR 472, à esquerda da via, seguindo por mais 43 Km, passando pelas pequenas cidades de Taquaruçu do Sul, Vista Alegre e Palmitinho até a cidade de Tenente Portela, onde ficamos hospedados. Esse trajeto é repleto de lombadas, quase todas sem sinalização antecipando sua presença, o que requer maior atenção. 
    Chegamos na cidade de Tenente Portela no final da tarde, rumando direto para o Hotel Aracê, onde nos fora informado ser o melhor da cidade. O hotel é muito simples e sem qualquer atrativo maior, oferecendo um conforto mínimo aceitável. O atendimento é cordial, porém bastante impessoal. Encerramos o dia com 461,7 Km rodados desde a saída de Porto Alegre.
    Tenente Portela é uma cidade do noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, com uma população aproximada de 14 mil habitantes. Tem sua economia baseada na agropecuária, comércio, serviços e pequenas indústrias. O município, antes distrito de Três Passos, se emancipou em 1955. O nome da cidade se deu em alusão ao Tenente Mário Portela, membro da Coluna Prestes durante a revolução de 1924. A cidade é bastante simples e sem maiores atrativos. 
    Na manhã seguinte, dia 04 de junho, sexta-feira, saímos do hotel em torno das 8h45min através da rodovia RS 330 com destino ao Parque Estadual do Turvo, na cidade de Derrubadas. A distância entre Tenente Portela e Derrubadas é de aproximadamente 18 Km restando, ainda, mais 4,6 Km até a entrada do Parque. A rodovia é de excelente pavimentação e com uma paisagem fantástica. 
    Chegamos na entrada do Parque Estadual do Turvo em torno das 9h15min. O Parque Estadual do Turvo compreende uma área de 17.491,40 hectares, cerca de 50% a área do município de Derrubadas, abrigando animais como pumas, antas, catetos, veados e aves diversas. É considerado o último local onde existe a onça pintada no Rio Grande do Sul.  Além de sua principal atração que é o Salto do Yucumã, existem algumas trilhas que podem ser percorridas a pé. O parque está aberto entre quinta e segunda-feira, das 8 horas às 17 horas, com horário de entrada até às 15 horas. Existe um limite de 464 pessoas por dia, o que faz necessário reservar a visitação com antecedência. O valor do ingresso é de R$ 18,51 por pessoa (junho de 2021) e é recomendável fazer reserva com antecedência devido ao número limitado de visitantes diários. Também é solicitado que seja marcado horário para a entrada no parque, o que me pareceu não ser uma norma muito rígida. Logo na entrada fica o estacionamento e uma casa que abriga uma central de informações com guias, um museu com alguns animais empalhados da fauna da região e um pequeno quiosque para a venda de souvenirs. Do lado de fora tem um pequeno trailer para lanches rápidos.    Informações podem ser obtidas pelo site https://parquedoturvo.wordpress.com/. 
    Para se chegar ao Salto do Yucumã se deve seguir por uma estrada sem pavimentação de 15 Km em meio à floresta. Essa estrada, por estar em sua maior parte encoberta pelas árvores, é bastante úmida e facilmente acumula barro, principalmente em dias de chuvas, ficando com a trafegabilidade mais difícil.    Na chegada nos fora informado que a estrada não estaria em boas condições para ser percorrida de motocicleta, pois havia muito barro estando muito escorregadia. Conversamos com alguns outros motociclistas que ali estavam os quais haviam tentado transpor a distância sem sucesso. Embora tenhamos sido desencorajados, insistimos em ver de perto a situação. Realmente a estrada apresentava vários trechos com bastante barro, porém passível de serem transpostos. O percurso se dá em meio à mata fechada da reserva do Parque Estadual do Turvo, o que faz com que chegue pouco sol à estrada, permanecendo molhada em vários trechos. É um trajeto belíssimo, com a mata ao redor e um verde exuberante. Este trajeto também pode ser percorrido de carro ou com um transporte coletivo local. Este último, porém, necessita ser agendado com antecedência pois nem sempre está disponível no parque. Ao fim destes 15 quilômetros se chega a uma área aberta como uma clareira onde a infraestrutura é mínima. Existem ali apenas sanitários e um quiosque coberto. O único comércio de alimentos é um trailer de lanches que, naquele dia, estava fechado. A partir deste ponto se percorre a pé uma trilha com cerca de 600 metros até chegarmos no Salto do Yucuman. É recomendável levar água e alimentos, pois a infraestrutura para alimentação é precaríssima.
    O Salto do Yucumã é uma fenda com 1800 metros de comprimento por onde o rio Uruguai derrama suas águas, formando a maior queda d’água do mundo em extensão, criando uma das maravilhas naturais do Estado do Rio Grande do Sul. A largura do canal é de aproximadamente 30 metros, com uma profundidade que varia entre 90 e 120 metros e quedas entre 12 e 15 metros de altura. Em dias nos quais o rio Uruguai está muito cheio ocorre o emparelhamento dos dois níveis, desaparecendo a extensa queda d’água. O lugar é de uma beleza indescritível e vale muito a pena ser visitado. Nesta região o rio Uruguai faz divisa entre o Brasil e a Argentina. O Salto do Yucumã é um verdadeiro paraíso ecológico que merece ser visitado e admirado por todos (http://www.turismoderrubadas.com.br/salto-yucuma.php).
    Saindo do Parque Estadual do Turvo retornamos à cidade de derrubadas com a intenção de almoçarmos. Encontramos apenas um restaurante que nos fora indicado. Um bom lugar e com uma comida bastante simples. 
    Derrubadas é um pequeno município da região com uma população de cerca de 3.300 habitantes, fazendo fronteira fluvial com a Argentina através do Rio Uruguai. A pequena cidade poderia passar desapercebida se não fosse pela presença do famoso Salto do Yucuman em seu território. O nome se deve à exploração de madeira para exportação para Argentina e Uruguai, estimulada pelo General Flores da Cunha, na época interventor do Estado, que deu a concessão ao seu amigo Pedro Garcia para exploração da madeira da região. Com a instalação do Estado Novo em 1937, sendo Flores da Cunha deposto do cargo, Pedro Garcia perdeu sua concessão abandonando a região. Os primeiros colonos que depois ali chegaram encontraram uma grande área de mata com as árvores arrancadas, passando a chamar a localidade de Derrubadas. O município foi distrito de Tenente Portela até 1990, quando foi emancipado. A economia principal é a agropecuária, com pouca expressão de comércio e indústrias.
    A região é repleta de belezas naturais, incluindo a área do Parque Estadual do Turvo e culminando com o Salto do Yucuman. Chama a atenção a ausência de investimento no turismo por parte das cidades de Derrubadas e Tenente Portela, pois em nenhuma das duas encontramos qualquer infraestrutura que possa apoiar o turismo da região. Podemos entender que no interior do Parque Estadual do turvo, por seu apelo à preservação da natureza, não seria conveniente grandes estruturas de turismo, porém na região externa ao parque poderia existir um complexo turístico com restaurantes, pousadas e hotéis com incentivo ao turismo ecológico, criando empregos e gerando uma maior renda para estes dois municípios. 
    Saindo de Derrubadas fomos até a localidade de Barra do Guarita que faz divisa com o Estado de Santa Catarina. Retornamos pela mesma rodovia RS 330 até Tenente Portela, seguindo pela BR 472 por mais 5,6 Km, onde acessamos a BR 163 à esquerda da rodovia. Após percorrermos 6,5 Km chegamos à pequena localidade de Vista Gaúcha. Após a entrada de Vista Gaúcha foi construído uma nova rodovia que desvia da BR 163, por onde se percorre mais 19,4 Km até chegar à Barra do Guarita, cidade gaúcha às margens do rio Uruguai fazendo divisa com o Estado de Santa Catarina. Na margem oposta está a cidade catarinense de Itapiranga. A travessia neste ponto se dá por balsa que funciona 24 horas por dia. 
    Após passarmos para o lado catarinense fizemos um passeio para conhecer Itapiranga. A cidade é situada em um morro, com ladeiras bastante íngremes sobre as quais se pode ter uma belíssima visão da região e do próprio rio Uruguai. A cidade é muito agradável e organizada. Logo na chegada procuramos um local para tomarmos café, o que não foi difícil encontrar. Na avenida principal existem algumas opções de padarias e cafeterias. A cordialidade dos moradores de Itapiranga também nos chamou bastante a atenção, seja aqueles que solicitamos algum tipo de informação ou aqueles que nos atenderam no comércio local. 
    O nome Itapiranga vem do idioma Tupi significando “Pedra Vermelha”. A cidade surgiu da ideia de formar um núcleo germânico-católico na década de 1920. A população, segundo o IBGE 2016, é de 16.736 habitantes. Está situada a uma altitude de 206 metros. A economia é baseada na agricultura e pecuária. A maior festa do município é a Oktoberfest, sendo Itapiranga considerado o berço desta festa no Brasil. A cidade também se destaca no esporte através do futebol infantil e adulto amador, assim como na patinação. Vale muito à pena conhecer Itapiranga e, mesmo sendo mais distante do Parque do Turvo, ficamos com a impressão de ser a melhor escolha de hospedagem para na região. 
    Saindo de Itapiranga retornamos para Tenente Portela. À noite, após um breve passeio pela cidade, jantamos em uma pizzaria bastante razoável e com um bom atendimento. Neste dia rodamos 141,4 Km.
Na manhã do dia 05 de junho, sábado, saímos de Tenente Portela em direção à cidade de Ametista do Sul. Retornamos pela BR 472 por 43 Km até chegarmos à BR 386, onde acessamos à esquerda por mais 7,4 Km até a cidade de Frederico Westphalen. Em Frederico Westphalen entramos na RS 591 onde percorremos 24 Km até a cidade de Ametista do Sul. Neste último trajeto se percorre cerca de 8 Km em estrada sem pavimentação e com muitas pedras, porém bastante firme e tranquilo.
    Ametista do Sul é conhecida como a capital mundial da pedra ametista. Inicialmente habitada pelos índios Caiganges, teve sua colonização no início do século XX. Na década de 1940 surgiram os primeiros núcleos habitacionais com os moradores se dedicando à agropecuária. Na mesma época os agricultores descobriram as primeiras pedras ametistas encontradas em suas lavouras, árvores e nos córregos de rios iniciando, assim, a exploração destas pedras principalmente de ametistas. Nos anos de 1970 ocorre um grande desenvolvimento da exploração das pedras semipreciosas, quando empresas de exportação investem na região e a extração destas pedras, até então feitas através de poços, passa a ser feita pela escavação de túneis que chegam a vários quilômetros de extensão. O então distrito de São Gabriel, pertencente ao município de Planalto, começa a se tornar uma cidade, sendo emancipada no ano de 1992, recebendo o nome de Ametista do Sul em referência à pedra semipreciosa abundante na região. Com o passar dos anos, devido seu crescimento econômico, o município recebeu reconhecimento nacional e internacional. Tamanho reconhecimento fez com que em 2015 a pedra ametista fosse escolhida como o mineral símbolo do Estado do Rio Grande do Sul. 
    Chegamos em Ametista do Sul ainda pela manhã e nos direcionando para conhecermos um garimpo em atividade. Lá fomos recepcionados pelo Ederson, guia do garimpo com quem havíamos feito contato no dia anterior, e pelo Gilberto, garimpeiro responsável. Estes nos levaram ao interior da mina, nos dando uma aula sobre a história dos garimpos na região e o funcionamento da mina. A forma como fazem a demonstração é um show à parte. Após a visita guiada tivemos a oportunidade de fazermos um passeio de moto pelo interior da mina. Jamais imaginei fazer um off road em um local como aquela. Uma experiência incrível. Deixo aqui o contato deles, ppis é um passeio imperdível. Emerson: (55)99682.6457; Gilberto: (55)99637.2124.
    Saindo do garimpo fomos almoçar em um restaurante construído no interior de uma mina desativada, chamado Restaurante Belvedere. O lugar é belíssimo o que faz com que a comida, que não tem nada de especial, passe desapercebida. Neste restaurante recebi o maior presente da viagem ao conhecer uma menina encantadora chamada Nicoly, apaixonada por motociclismo, que veio ao meu encontro pedindo para tirar fotos da minha moto. Conversamos bastante sobre motos e pude perceber que ela já entende bastante do assunto. Antes de nos despedirmos fui presenteado com uma pedra que hoje guardo entre os objetos com significativo valor que possuo. Através da Nicoly também tive a oportunidade de conhecer virtualmente seu padastro, também motociclista, o qual espero poder encontrar em breve.
    Após o almoço fomos conhecer o Ametista Parque Museu. O lugar também muito bonito e preparado para o turismo conta com um passeio no interior de uma mina desativada, em um veículo preparado. Também ali existe um restaurante, uma cervejaria, um pub e uma vinícola, todos no interior das minas. Ainda no parque existe um museu de pedras semipreciosas, uma loja temática assim como atividades ao ar livre. 
    No final da tarde, após passearmos pela cidade, fomos tomar um café em uma cafeteria incrível chamada Pedra Café. Um lugar sensacional e que também deve ser visitado em Ametista do Sul.
Ficamos hospedados em um hotel bastante simples, porém bastante acolhedor e superior ao que havíamos ficado em Tenente Portela. 
    Ficamos hospedados no Hotel Ferrari (Av. Brasil, 457 – Centro). O local é simples, porém bastante acolhedor e superior ao que havíamos ficado em Tenente Portela. 
    A pequena cidade de Ametista do Sul tem uma população estimada, segundo CENSO 2020, de 7.409 habitantes. A principal atividade econômica vem do extrativismo mineral, responsável por 75% da economia local, seguida pela agricultura e pecuária. Atualmente a vitivinicultura vem crescendo no município, com perspectivas de um grande incremento no crescimento do município para os próximos anos. O turismo também é bastante incentivado e voltado à exploração das pedras semipreciosas, com restaurantes, hotéis, visitação à minas de pedras semipreciosas e outras tantas atrações. O aspecto esotérico das pedras está representado na praça central onde foi construída uma pirâmide com seu interior revestido por ametistas. A igreja matriz, em frente à praça central, também tem seu interior todo revestido por ametistas e outras pedras semipreciosas, tornando o templo como uma das atrações turísticas da cidade. 
    No final do dia havíamos rodado 84,1 Km.
    À noite, enquanto jantávamos em um restaurante próximo ao hotel, iniciou um temporal que se manteve com chuva forte durante toda a madrugada.
    Na manhã seguinte iniciamos nosso retorno para Porto Alegre sob chuva. Saímos de Ametista do Sul pela RS 591 por cerca de 8 Km até a RS 324 por onde seguimos por 80,5 Km até a RS 404, passando pelas cidades de Planalto, Trindade do Sul e Ronda Alta. Seguimos pela RS 404 por mais 24 Km até a BR 386, passando por Rondinha e Sarandi, sem que a chuva desse trégua em todo o trajeto. Em Sarandi paramos novamente no Posto Papagaio logo no início da BR 386, quando deixamos a chuva para trás.
    Continuamos pela BR 386 por mais 124 Km até o Parque das Tuias, um parador às margens da rodovia no município de Fontoura Xavier, onde paramos para almoçar. O local é ponto turístico na região, porém a comida está longe de ser atrativa. Serve apenas para aplacar a fome. Após o Parque das Tuias andamos mais 127 Km pela BR 386 até a localidade de Tabaí onde paramos para abastecermos as motos e, de lá, seguimos direto para Porto Alegre, andando mais 53 Km até a BR 448, 12 Km até a BR 290 e mais 2 Km até a entrada de Porto Alegre, pela BR 116. Chegamos em casa às 17h06min, com 437,8 Km rodados percorridos no dia.
    Foi um passeio coroado de momentos maravilhosos junto com minha esposa e os amigos Humberto e Marina. Lugares belíssimos que não podem deixar de serem conhecidos. A imponência e beleza do Salto do Yucuman, a simplicidade de Derrubadas, a acolhedora Itapiranga e a turística e organizada Ametista do Sul são locais que jamais esqueceremos.

Dados do computador de bordo:
Tempo de pilotagem: 16h59min.
Tempo parado: 64h56min.
Total percorrido: 7643 Km
Velocidade média: 72 Km/h
Consumo de combustível: 18,1 Km/l





Tenente Portela

Tenente Portela

Estrada para o Salto do Yucuman, dentro do Parque Estadual do Turvo

Final da estrada.

Início da Trilha das Onças

Trilha do Yucuman. Leva direto ao Salto do Yucuman.

Salto do Yucuman

Salto do Yucuman

Salto do Yucuman

Salto do Yucuman

Salto do Yucuman

Salto do Yucuman

Trilha do Salto do Yucuman

Derrubadas

Derrubadas

A caminho de Barra do Guarita / Itapiranga

Balsa sobre o rio Uruguai entre Barra do Guarita e Itapiranga

Itapiranga

Rio Uruguai

Chegando em Ametista do Sul

Chegando em Ametista do Sul

Mina em atividade

Ametista Parque Museu

Ametista Parque Museu

Ametista Parque Museu

Cervejaria dentro de uma mina desativada no Ametista Parque Museu

Passeio pelo interior de uma mina no Ametista Parque Museu

Igreja de Ametista do Sul

Pirâmide na Praça de Ametista do Sul

Praça de Ametista do Sul

Restaurante Belvedere

Piscina no interior do Restaurante Belvedere

Praça de Ametista do Sul à noite

Presente recebido da minha amiga Nicoly.

Ametista do Sul

Ametista do Sul no domingo pela manhã quando estávamos iniciando o retorno para Porto Alegre



terça-feira, 18 de maio de 2021

Encantado - Monumento Cristo Protetor e Viaduto 13


Marcos e Renata: BMW R 1250 GS Adventure HP

André: Triumph Bonneville Black

Humberto e Marina: BMW R 1200 GS Adventure

Tito e Evelyn: BMW R 1200 GS Adventure



Quarta-feira, 21 de abril de 2021. O destino hoje é a cidade de Encantado, na região do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, para conhecermos a construção da estátua do Cristo Protetor que está sendo erguida naquela localidade.

Saímos de Porto Alegre em torno das 8h40min a partir do já tradicional ponto de encontro, o posto Shell da Av. Edu Chaves, na saída da cidade, próximo ao aeroporto. De lá partimos as três motos BMW pela Av. dos Estados por cerca de 3 Km até a BR 290, seguindo em direção Sul por esta rodovia por mais 3 Km até a BR 448 e mais 12 Km até a BR 386. Na BR 386 encontramos o meu filho André, que nos aguardava em um posto de combustíveis para seguir conosco.

Continuamos pela BR 386 por mais 91 Km até a RS 129, à direita da rodovia. Seguimos por mais 30 Km até a cidade de Encantado. Chegando na cidade não foi difícil encontrar o acesso em direção à construção da estátua de Jesus Cristo. Percorremos mais 2,5 Km pela RS 129 até a rotatória de entrada à Estrada dos Imigrantes, mais 1,5 Km até a Estrada São José, à esquerda, 3 Km até a Lagoa Garibaldi, entrando à direita pela Estrada Lagoa da Garibaldi e estrada do Cristo por mais 2,5 Km até chegarmos alto do Morro das Antenas. Uma parte deste último trajeto é percorrido por estrada sem pavimentação, com algumas curvas, porém sem grandes dificuldades.

No caminho, de longe já se pode avistar uma enorme estátua ainda em construção, onde se observa Jesus Cristo com os braços abertos tal qual o Cristo Redentor da cidade do Rio de Janeiro, de frente para a cidade, no local conhecido como Morro das Antenas. Aqui em Encantado será chamado de Cristo Protetor

Ao chegar no alto do morro temos a visão da parte posterior da estátua. Lá em cima se percebe uma movimentação de pessoas curiosas, assim como nós, para conhecer a obra monumental e bastante inusitada em nossa região. O local está cercado e não é permitido a entrada no canteiro de obras, assim como chegar próximo à construção, por motivos de segurança bastante óbvios. 

A estátua tem 43 metros de altura, o que equivale a um prédio de 14 andares, sendo 5 metros mais alta que o Cristo Redentor, do Rio de Janeiro. O artista responsável pela escultura é o cearense Marcos Moura. No projeto consta a construção de um elevador no seu interior que levará o turista até um mirante localizado no coração do Cristo. O idealizador da obra foi o Padre João Granzotto, pároco local, sendo acolhida por alguns empresários do município que doaram o terreno e por outros empresários e pela comunidade que deram andamento à obra. O custo da obra está orçado em R$ 2.000.000,00 sem qualquer participação de verba pública, sendo que a metade foi arrecadada através de doações da comunidade e a outra metade através de um empréstimo feito pelos próprios moradores e administrada pela Associação Amigos do Cristo, de Encantado. A previsão de término da obra é para dezembro de 2021. Existe, também, o projeto de revitalização de toda a região no entorno do monumento, com a criação de um ponto turístico bastante atrativo. Planejamos retornar após o término das obras para postarmos aqui o resultado final desta obra que, mais do que um incremento ao turismo da região, já é uma demonstração de fé e união de uma comunidade a favor de um bem comum.  A obra gerou comentários jocosos por parte do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, ao que o prefeito de Encantado respondeu de forma extremamente elegante.

Saímos do Morro das Antenas e nos dirigimos ao centro da cidade de Encantado, onde fomos almoçar no Restaurante e Churrascaria Lorenzon (Rua 7 Irmãos, 92).  O local é bastante agradável, com buffet de saladas e pratos quentes acompanhados por grelhados além de um atendimento bastante cordial.

Encantado é um município de colonização italiana, localizado na região do Vale do Taquari e fundado no ano de 1915. Tem como irmã a cidade de San Pietro Valdastico, na Itália. Com uma população de 22.000 habitantes, tem a sua economia baseada na indústria, comércio, agricultura e serviços.

Após almoçarmos, seguimos pela RS 129 por mais 12Km até o município de Muçum, onde entramos em uma estrada secundária à esquerda da rodovia, percorrendo mais 16,5Km, sendo cerca de 15Km de estrada sem pavimentação, proporcionando um off road bastante leve, até o Viaduto 13, já no município de Vespaziano Correa. Em outra oportunidade estivemos visitando o lugar e publicamos aqui no blog (http://rotasdemoto.blogspot.com/2018/04/viaduto-13-o-mais-alto-das-americas.html). 

Saímos do Viaduto 13 e retomamos a RS 129. Após uma breve passada pela cidade de Muçun, seguimos em direção norte por cerca de 25 Km até a RS 431. Por esta rodovia percorremos 43 Km até a BR 470, passando pelas localidades de São Valentin e Santa Bárbara, dentre outras. Entramos na BR 470 em direção sul, percorrendo 21 Km até a RS 446, passando pelos municípios de Bento Gonçalves e Garibaldi. Seguimos por mais 17 Km até a RS 122, 38 Km até a RS 240 e 13 Km até a BR 116 até a localidade de Scharlau, no município de São Leopoldo, rumando em direção sul. Percorremos mais 11 Km até a BR 448, à direita de rodovia, mais 24 Km até a alça de acesso à BR 290 onde seguimos em direção norte por mais 2 Km até a alça de acesso à entrada de Porto Alegre pela Avenida dos Estados.

Chegamos em Porto Alegre às 21h23min após termos percorrido 415,7 Km.


Dados do computador de bordo:

Chegada: 21h23min.

Condução: 7h29min.

Pausa: 6h07min.

Distância percorrida: 415,7 Km.

Geral: 4611 Km.

Velocidade média: 67 Km/h.

Consumo: 18,1 Km/l.

Chegada em Encantado

Encantado

Construcão do Cristo Protetor

Construção do Cristo Protetor





Lagoa da Garibaldi


Encantado

Viaduto 13

Viaduto 13

Viaduto 13

Viaduto 13

Viaduto 13

Túnel do Viaduto 13

Túnel do Viaduto 13

Túnel do Viaduto 13


Túnel do Viaduto 13


Túnel do Viaduto 13

Rota